Você já se pegou gastando horas fazendo um resumo… e depois não lembrando de quase nada do que escreveu?
Se sim, você não está sozinho. Muitas pessoas me procuram dizendo:
“Laura, meus resumos são longos demais.”
“Eu só consigo escrever em texto corrido.”
“Não sei fazer mapas mentais.”
“Levo muito tempo e ainda assim não memorizo!”
Se identificou? Então esse conteúdo é pra você.
Meu nome é Laura Amorim e eu sou a criadora dos Mapas da Lulu. Toda vez que alguém conhece os meus mapas mentais, a pergunta é sempre a mesma: “Como eu faço um resumo visual e eficiente como esse?”
Foi pensando nisso que decidi escrever este artigo com 10 dicas práticas para você fazer o resumo perfeito.
A ideia é te mostrar como transformar seus resumos em materiais mais visuais, mais rápidos de fazer, mais rápidos de revisar e, portanto, em ferramentas poderosas para o seu cérebro.
Vamos juntos aprender como fazer um resumo que realmente funciona?
📌 Dica 1: Evite fazer resumos logo após a primeira leitura
Começar o resumo na primeira leitura é um erro comum e perigoso. Sem compreender o todo, fica muito difícil filtrar o que realmente importa e evitar o famoso “copia e cola” do conteúdo.
Muitas vezes, o resultado é um resumo extenso, confuso e com informações desnecessárias. Isso acontece porque, no início, ainda não houve contato com as questões, nem uma visão clara do contexto geral e de como o tema é cobrado nas provas.
Mas… quando fazer o resumo, então?
O ideal é assistir à aula completa e resolver entre 20 a 30 questões sobre o assunto. Assim, fica mais fácil identificar os pontos mais cobrados e selecionar o que realmente precisa estar no resumo.
Por exemplo, ao estudar hierarquia das normas, em Direito Constitucional, é comum que, em uma primeira leitura, os quóruns das votações legislativas sejam ignorados por parecerem “meros” detalhes técnicos. Mas ao resolver questões, percebe-se que esse conteúdo é cobrado com frequência. Sem esse tipo de experiência prévia, é comum subestimar temas importantes e, assim, comprometer a utilidade do próprio resumo.
Por isso, resumos feitos após compreender o conteúdo e analisar as questões são mais eficientes para a revisão.
📌 Dica 2: Planeje a estrutura do resumo antes de começar
Após estudar o conteúdo completo, é possível planejar o resumo com base na importância e tamanho de cada tópico. Isso porque – olha só que incrível 😅 – estudar a aula por inteiro vai te permitir identificar quais partes são mais importantes e demandam mais espaço no resumo.
O planejamento pode ser feito no papel, com lápis, para ajustar subtítulos e organização, ou no computador — usando, por exemplo, programas como PowerPoint, que facilitam a disposição visual.
Também é possível usar tablets com caneta para unir estímulo manual e praticidade digital, aproveitando os benefícios da escrita à mão, que, segundo à ciência, contribui para uma melhor retenção do conteúdo.
Independentemente do método escolhido, o importante é estruturar bem o resumo antes de começar, evitando bagunça e otimizando o tempo.
📌 Dica 3: Use títulos e subtítulos para organizar o resumo
Resumos em texto corrido costumam ficar confusos e soltos. Por isso, em resumos mais esquematizados, como mapas mentais, o uso de títulos e subtítulos é fundamental.
São eles os responsáveis por organizar visualmente o material, tornando-o muito mais prático de consultar e, portanto, possibilitando uma revisão bem mais eficiente.
Veja bem: o resumo não deve ficar esquecido, ou seja, ele precisa ser consultado sempre, seja para uma revisão teórica completa ou para consulta de tópicos específicos em casos de dúvida ou durante a resolução de questões.
Por exemplo, caso haja dúvida ou erro em uma questão, localizar rapidamente o título e/ou subtítulo vai te ajudar a corrigir e entender o ponto com agilidade. E isso é muito importante.
Assim, procure sempre organizar seu resumo como um livro de consulta, pensado para ser revisado várias vezes, evitando textos longos e desorganizados.
📌 Dica 4: Use e abuse de listas e tópicos
Mais uma vez: evite resumos em texto corrido, cheios de parágrafos. Isso dificulta a retenção do conteúdo e faz você perder tempo tanto na hora de confeccionar o resumo, quanto ao revisá-lo depois.
Sempre que possível, transforme as informações em listas. E, se for uma lista fechada (com número definido de itens), numere os elementos. Isso facilita — e muito — a memorização.
Por exemplo, se você precisa lembrar em quais situações algo pode acontecer, é melhor listar: situação 1, situação 2, etc. Assim, além de organizar melhor a informação na cabeça, saber exatamente quantas são as possibilidades, evita que você esqueça alguma delas na hora da prova. O mesmo vale para processos com etapas: escreva etapa 1, etapa 2, etapa 3 …
E dá pra melhorar ainda mais, acredite! Você pode usar chaves – {} – para agrupar os itens relacionados. Isso ajuda o cérebro a perceber que tudo faz parte do mesmo conjunto e torna a revisão mais rápida e eficiente.
📌 Dica 5: Use recursos visuais sempre que puder
Recursos visuais são tudo aquilo que te ajuda a entender e lembrar melhor das informações. Tabelas, fluxogramas, quadros de destaque, chaves, setas, linhas do tempo... tudo isso pode ser um grande aliado na hora de revisar.
Sempre que for possível transformar o conteúdo em uma representação visual, faça isso! Quem tem memória visual forte se beneficia ainda mais, lembrando da posição de colunas, formatos e destaques.
E mesmo quem não tem essa memória tão aguçada pode perceber como é mais fácil lembrar de um fluxograma organizado do que de um parágrafo enorme explicando um processo inteiro.
📌 Dica 6: Destaque as palavras-chave
As palavras-chave são os termos mais importantes dentro do conteúdo, aqueles que resumem ideias ou acionam a memória para o restante da explicação.
Mesmo em resumos mais simples, sem muitas cores, vale destacar essas palavras para facilitar a revisão. Na prática, isso permite que você bata o olho no resumo e já resgate rapidamente o que precisa lembrar.
Outra dica é dar atenção especial às palavras que costumam aparecer nas pegadinhas das bancas, como: sempre, nunca, exclusivamente, obrigatoriamente, facultativo, apenas, sem exceção. Essas expressões merecem destaque porque podem mudar completamente o sentido de uma questão — e costumam ser as responsáveis pelos erros mais bobos na prova.
📌 Dica 7: Sempre que possível, use exemplos
Exemplos são uma das formas mais eficientes de entender, memorizar e revisar o conteúdo.
Ao invés de escrever um conceito longo e abstrato, experimente ilustrar com situações ou termos concretos. Muitas vezes, só o exemplo já é suficiente para ativar a memória e te lembrar do que se trata. Isso torna o resumo mais leve, direto e funcional.
Quer ver? Em Língua Portuguesa, por exemplo, no tema derivação do substantivo, você pode anotar as definições de derivação sufixal, derivação regressiva e derivação imprópria. Ou pode simplesmente colocar exemplos que já te ajudam a lembrar do conceito, como:
- Sufixal: Pescar → Pescaria
- Regressiva: Cantar → Canto
- Imprópria: Fazer → O fazer
Ah, e se quiser aprender outras formas de ilustrar conceitos, não deixe de assistir ao vídeo do meu canal sobre o tema, em que mostro vários exemplos de como fazer isso na prática (assista clicando aqui).
Claro, se for um conceito que costuma ser cobrado literalmente pela banca, aí vale a pena incluir a definição completa. Mas, na maioria dos casos, um bom exemplo cumpre esse papel com muito mais eficiência — e ainda economiza espaço e tempo.
📌 Dica 8: Use abreviações e símbolos para agilizar seu resumo
Fazer resumos leva tempo — isso a gente sabe! Por isso, para agilizar esse processo, use ao máximo abreviações e símbolos.
Com o tempo, você vai percebendo quais termos se repetem e pode substituí-los para ganhar tempo e tornar o processo muito mais rápido.
📌 Dica 9: Faça resumos em camadas
Lembre-se: o resumo é dinâmico e deve ser aprimorado aos poucos. Ao invés de tentar fazer um resumo supercompleto logo na primeira vez, comece com um esqueleto mais simples, deixando bastante espaço em branco.
Quando você tenta colocar tudo de uma só vez, corre o risco de encher o resumo com informações que depois podem não ser tão importantes. E pior: pode faltar espaço para acrescentar o que realmente importa depois.
Então, faça resumos em camadas. Comece com o básico. Se tiver dúvida sobre incluir uma informação, não a inclua, deixe para depois. Siga estudando, revisando e resolvendo questões. Assim que perceber que um tema está caindo bastante nas provas e você ainda erra por não ter aquela informação fixada na memória, aí sim, volte e acrescente no resumo.
Dessa forma você evita lotar o seu resumo com conteúdos desnecessários e ainda deixa espaço para personalizá-lo, focando nos seus próprios erros e dificuldades.
📌 Dica 10: Largue o perfeccionismo
Se você ficar muito “cricri” com seu resumo, ele nunca vai ficar pronto. O objetivo não é ter o resumo perfeito, mesmo que você esteja lendo um artigo com esse tema 😄. O objetivo é aprender, memorizar e conseguir se lembrar da informação no dia da prova.
Se você ficar preso em detalhes tipo:
“Ah, ficou feio”
“Ah, errei aqui, vou refazer”
“Ah, ficou torto, vou fazer de novo…”
Vai perder tempo e progresso.
Então, desencane! O importante é que a informação esteja lá, de forma visual e prática para você revisar e aprender com eficiência. Combinado?
Resumo feito, aprovação a caminho!
Chegou a hora de colocar tudo isso em prática e transformar seu jeito de revisar. Com essas dicas, seus resumos vão deixar de ser só “mais uma obrigação cansativa” e virar um verdadeiro aliado nos seus estudos.
E se você quiser conhecer os Mapas da Lulu — pra não precisar investir tanto tempo fazendo tudo do zero — deixei aqui uma amostra gratuita pra você conhecer um pouquinho deles e experimentá-los (clique aqui para baixar).
Até a próxima!