Viajar para fazer uma prova de concurso é um compromisso que gera muitas dúvidas na vida dos concurseiros: “Qual o momento certo de começar a viajar?”, “Quais são os custos e benefícios a serem considerados?”, “É melhor apenas fazer provas na cidade ou estado onde eu moro?”.
Também já fui tomada por todas essas dúvidas. Por isso, compilei aqui algumas reflexões que devem ser consideradas na hora de se tomar essa decisão.
Antes de entrar no assunto propriamente dito, deixo uma dica: se surgir algum concurso na sua cidade ou em algum lugar próximo, faça a prova para ter uma primeira experiência (ainda que você esteja no início dos estudos). Com essa experiência, você aprenderá um pouco sobre a dinâmica da coisa: se programar pra chegar à prova com bastante antecedência, compreender as exigências do edital, preparar o lanche, acostumar-se com a “cerimônia” de ir ao banheiro (várias bancas exigem o uso de detectores de metais!). Também é importante se acostumar com a duração da prova, com o uso de um gabarito e por aí vai! (Se quiser saber mais sobre o assunto, clique aqui para ler o meu post “Sete Dicas Para o Dia da Prova”).
Fazer uma prova é uma experiência extremamente rica e esse treino te permitirá estar bem mais confiante e tranquilo quando for fazer a prova “para valer”.
No entanto, quando o assunto é viajar para fazer provas, cabe refletir mais profundamente sobre o assunto.
Considerações:
Viajar é caro, em vários sentidos: custa dinheiro para passagem, hospedagem e alimentação. Também custa muito tempo para o planejamento, preparação das malas, compra de passagens, reserva do hotel – tempo esse em que você poderia estar estudando. Além disso, te custa muita energia: você voltará exausto e provavelmente precisará de um ou dois dias de descanso antes de retomar os estudos.
Por todas essas questões, não acho que valha a pena viajar logo no início da preparação, quando você ainda não tem uma boa base e sabe que ainda “não tem chance” de ser aprovado.
Na verdade, essa “chance” não depende do seu tempo de estudo, mas sim do quão confiante você está de que saberia o que fazer com aquela prova. Se, por exemplo, você chutaria mais da metade das questões sem eliminar nenhuma das alternativas, a experiência não será tão proveitosa, pois você sequer terá condições de avaliar a dificuldade e o tempo da prova.
Por outro lado, se você tiver uma boa base conhecimentos do edital e uma consistência de acerto de questões de aproximadamente 60%, já consegue tirar um bom proveito da experiência (e começar a “brigar de verdade”).
É uma questão de bom senso e estratégia. Por isso, vale refletir bem sobre o momento de viajar para fazer uma prova.
No meu caso, preferi empregar meu tempo, energia e dinheiro no meu estudo e só começar a viajar quando estava mais “adiantada”. Quando viajei pela primeira vez para fazer uma prova, eu tinha 9 meses de estudo e havia finalizado disciplinas importantes do edital.
Foi uma experiência, então, extremamente válida e proveitosa. Imagino que se tivesse feito isso muito no início, eu teria deixado de estudar bem as matérias básicas para tentar cobrir um outro edital às pressas e teria perdido um bom tempo de estudo.
Conclusão:
Pensando em todos esses fatores, pondere os prós e contras dessa experiência e tome a decisão mais adequada para você! É uma questão de paciência e estratégia de prova.
Assim, você irá se preparar da forma adequada e estará pronto para conquistar sua vaga quando chegar a hora.
Um beijo e até a próxima!
Laura Amorim