Estuda para concursos, sente que está fazendo tudo certo e mesmo assim não consegue evoluir? Esquece o que estudou, erra questões em várias matérias ou sente que chegou no temido efeito platô? Se essa é a sua realidade, este artigo é para você.
Aqui você vai descobrir sete segredos do estudo que podem transformar sua preparação para concursos públicos. São estratégias práticas para destravar os estudos quando você se sente travado ou acelerar seus resultados caso esteja avançando devagar.
1. Resolver questões transforma a memória
Estudar de forma passiva pode até parecer produtivo: reler o caderno, revisar PDFs ou livros dá uma sensação de domínio do conteúdo. Mas, na verdade, isso pode ser apenas uma ilusão de fluência – um conceito científico que explica por que a familiaridade não significa aprendizado real.
Para fixar o conteúdo de verdade, resolver questões é fundamental. Ao fazer isso, você estuda de forma ativa: precisa pensar por si mesmo de maneira crítica, analisar cada alternativa e até desenvolver o raciocínio, especialmente em matérias exatas. Esse esforço mental cria novas conexões neurais, fortalecendo a memória e consolidando o aprendizado.
Portanto, as questões não servem apenas para conhecer o estilo da banca, mas são parte essencial do processo de estudo.
Regra de ouro: terminou uma aula? Resolva de 20 a 30 questões sobre o tema antes de avançar. E, de tempos em tempos, a cada quatro aulas, por exemplo, volte para fazer de 5 a 10 questões de cada uma delas. Assim, você força o cérebro a relembrar e mantém o conteúdo sempre fresco, aumentando a retenção.
2. O estudo começa antes de abrir o PDF
O que você faz antes de sentar para estudar pode afetar mais o seu rendimento do que você imagina. Organizar o ambiente pode parecer bobagem, mas faz enorme diferença na concentração e no foco.
Nosso cérebro está sempre processando o que está ao redor: livros espalhados, videogame no canto, TV ligada, celular… tudo compete pela sua atenção. Se você limpar o seu espaço e deixá-lo minimalista, apenas com o que é necessário para a sessão de estudos, as distrações diminuem e a produtividade aumenta.
Então, algumas dicas práticas são:
- Retire tudo que não será usado no momento.
- Desative notificações do celular ou deixe-o fora do alcance.
- Avise as pessoas ao redor que você não quer ser interrompido.
Isso não é só uma questão de disciplina: há base científica para isso. Estudos mostram que o cérebro constantemente compara o que você está fazendo com outras possíveis atividades. Ou seja, se o celular está ao lado oferecendo infinitas opções, ele puxará sua atenção constantemente.
Preparar o ambiente antes de começar o estudo é, portanto, um passo essencial para manter o foco e otimizar o aprendizado.
3. Autocuidado é estratégia de estudo
O cérebro tem muito mais dificuldade de aprender quando você está ansioso, estressado, com sono ou até com fome. Por isso, autocuidado não é luxo, é estratégia de estudo.
O sono é prioridade: dormir 7 horas vale mais do que estudar 1 hora a mais com apenas 6 horas de sono, acredite! A privação de sono pode reduzir em até 40% a capacidade de memorização e atenção. E como a atenção é o combustível da memória, sem sono adequado você perde foco e retém muito menos conteúdo.
Outro aliado poderoso é a atividade física. Praticar exercícios aeróbicos ou de força de 2 a 3 vezes por semana melhora a qualidade do sono, aumenta a oxigenação do cérebro e estimula a neurogênese – ou seja, a criação de novos neurônios. Caminhar, correr ou treinar força pode, literalmente, te deixar mais inteligente.
Mesmo com rotina pesada, é possível adaptar: por exemplo, encaixe o treino em um dia específico da semana que seja mais tranquilo para você (segunda a sexta) e use o final de semana para complementar. Isso vai garantir o equilíbrio entre estudo, saúde e rendimento.
Investir em sono, alimentação adequada e exercícios não apenas cuida do corpo, mas também potencializa seu aprendizado.
4. Saiba usar a videoaula
Maratonar videoaulas não é o mesmo que estudar. O problema aqui é que a videoaula pode se tornar um estudo passivo demais, onde você ainda assim vai ter a sensação de aprendizado, mas, na prática, é o professor quem aprende, não você.
Calma, não estou falando que videoaulas são ruins! Elas são ótimas para assuntos difíceis ou matérias inteiras com as quais você tem mais dificuldade. No entanto, depender apenas delas, especialmente de forma passiva, apresenta riscos:
- Você não pratica a leitura, essencial no dia da prova.
- O aprendizado tende a ser mais passivo, com menos anotações e engajamento.
- O avanço é mais lento comparado ao estudo por PDF ou texto.
Então, para usar a videoaula de forma eficaz:
- Tenha um caderno à mão e faça anotações, mesmo que só palavras-chave.
- Pause o vídeo para resolver questões relacionadas ao tema antes de continuar.
- Revise o conteúdo e refaça exercícios quando necessário.
No universo dos concursos, com tempo curto e muito conteúdo, depender só de videoaulas coloca você em desvantagem. Prefira PDFs para avançar mais rápido e reserve as videoaulas para pontos de dificuldade, tornando o estudo ativo e mais produtivo.
5. Revisar o conteúdo é essencial para fixar o aprendizado
Não passa em concurso quem apenas fecha o edital. Passa quem lembra o máximo possível do que estudou e acerta mais questões.
Isso quer dizer que não adianta correr para terminar todas as matérias sem revisar. Se você não fixa o conhecimento, vai chegar na prova, ler as questões e pensar: “Putz, eu vi isso, mas não lembro de nada”. E do que vai ter adiantado? É perda de tempo, energia e esforço.
Por isso, as revisões devem estar na rotina desde o primeiro dia. Estudou um assunto? Avance, mas de tempos em tempos volte naquele assunto e:
- Resolva questões antigas.
- Faça revisões teóricas usando resumos ou materiais do professor.
- Consulte materiais esquematizados, como os Mapas da Lulu.
- Consulte a lei seca em matérias jurídicas, quando necessário.
A memória se constrói em camadas. Ou seja, na primeira revisão você fixa uma parte do conteúdo. Na segunda, entende melhor outro ponto. Já na terceira, lembra de mais detalhes. E assim por diante.
Revisar várias vezes pode parecer chato, mas é essencial. Evitar revisões significa jogar tempo fora e correr o risco de ter uma grande frustração no dia da prova.
6. O esforço vence a inteligência nos concursos
Você não precisa ser um gênio para passar em concurso público. O que faz diferença é manter o foco e a dedicação por meses ou até anos. Um estudo estratégico e consistente supera facilmente a “pessoa naturalmente inteligente” que não se dedica.
Todos os aprovados já erraram muito, tiveram dificuldade em certas matérias e, muitas vezes, até reprovaram várias vezes. A aprovação não é feita de gênios, mas de pessoas normais que se esforçaram de forma contínua.
Histórias inspiradoras de aprovados mostram que a maioria não tinha talentos extraordinários, mas sim persistência, organização e esforço diário. Para conhecer essas trajetórias e se inspirar, confira a Playlist de Aprovados dos Mapas da Lulu, com quase 100 entrevistas de concurseiros que compartilharam suas dificuldades, estratégias e conquistas.
Se você se sente desanimado por errar uma questão ou esquecer algo, não se preocupe. Isso faz parte do processo de aprendizado. A chave é continuar, manter a disciplina e seguir em frente.
7. O platô não é o fim. É o próximo nível
Muitos concurseiros chegam a um platô — 50%, 60%, 70%… de acertos — e pensam que esse é o limite. Não é. O platô indica que você já domina as questões fáceis e médias, mas ainda precisa avançar nas questões difíceis.
Mas, o que são questões difíceis? São as questões mais complexas, que geralmente cobram:
- Decorebas chatas;
- Notas de rodapé;
- Exceções;
- Detalhes minuciosos.
Ou seja, se você atingiu um platô, isso significa apenas que agora é hora de aprofundar seu estudo nessas partes mais desafiadoras. Para isso, use as questões como guia para diagnosticar onde ainda há falhas. Sempre que errar, volte ao material de revisão e estude de forma ativa:
- Revise todos os itens de uma lista, mesmo os que você lembra;
- Tente recitar de cabeça;
- Repita até fixar cada detalhe.
O platô não é um limite, mas um sinal de que é hora de ajustar o método e focar em detalhes para acertar as questões mais complexas e avançar para o próximo nível.
Continue evoluindo!
Estudar para concursos é um processo contínuo que combina método, disciplina e prática diária. Não existe atalho: o sucesso vem de quem aplica as estratégias com constância, ajusta o método quando necessário e se dedica de forma consistente, mesmo diante de dificuldades.
E para continuar evoluindo, acompanhe os conteúdos do meu canal do YouTube (@LauraAmorim). Lá você encontrará vídeos sobre técnicas de estudo, organização, revisão e motivação, perfeitos para manter sua preparação ativa e sempre avançando rumo à aprovação.