Reprovar em um concurso público dói, mas entender como lidar com reprovação é o primeiro passo para transformar o fracasso em aprendizado.
E te digo que todos os aprovados que você vê por aí têm algo em comum. Você sabe o que é?
Sim, muitos deles usaram os Mapas da Lulu na preparação. Mas tem algo ainda mais importante que 99% deles compartilham.
Eles reprovaram.
Uma, duas, três… ou muitas vezes.
E essa é uma verdade que precisa ser dita logo de cara: a reprovação em concursos públicos não é o fim da linha. Ela é, na maioria das vezes, parte natural do caminho até a aprovação.
É por isso que, neste artigo, vamos conversar sobre:
- Por que a reprovação é tão difícil de encarar;
- O que leva tantos concurseiros a desistirem depois de um resultado ruim;
- E, principalmente, como não ser um deles.
Você precisa entender, de uma vez por todas, que reprovar hoje não significa que você nunca vai passar. E que até os aprovados que você admira já estiveram exatamente onde você está agora. Neste artigo, você vai aprender a como lidar com reprovação sem deixar que ela paralise seus estudos.
Vamos nessa?
Como lidar com uma reprovação
Quando você reprova, quando recebe um “não”, é essencial entender que esse “não” não significa “nunca”. Ele significa, na verdade, um “ainda não”.
Ou seja, a reprovação em concursos públicos faz parte do processo. E sim, eu sei que ela dói, que frustra e que dá vontade de chutar o balde e nunca mais olhar para um PDF de novo. Mas você não pode deixar que isso defina o fim da sua trajetória, porque, se fizer isso, aí sim você corre o risco de nunca conquistar o seu sonho.
Então, não encare a reprovação como um atestado de burrice, nem de incompetência ou um sinal de que você “não nasceu pra isso”. Ela apenas significa que ainda não foi dessa vez.
É por isso que eu sempre pergunto aos aprovados sobre os momentos em que eles reprovaram e o que fizeram depois. Sabe o que eu descobri?
Eles usaram a reprovação como fonte de aprendizado. Como um momento de revisão, de ajustes, de melhora nos processos. Claro que muitos choraram, pararam de estudar por dias, semanas… às vezes até meses. Mas depois, todos eles se recompuseram e retomaram os estudos. Retomaram a caminhada rumo ao sonho de se tornarem servidores públicos e, por isso, chegaram lá.
Se você também está passando por essa fase, no próximo tópico vamos falar sobre o que fazer depois de uma reprovação — e como se reerguer para voltar mais forte.
1. Dê-se um tempo
O primeiro passo para se reerguer depois de uma reprovação é simples e, ao mesmo tempo, essencial: dê-se um tempo.
Nunca é demais lembrar que não existe robô estudando para concurso e que não é fácil encarar um “não”, principalmente quando você deu tudo de si, se preparou por semanas, meses… talvez anos e, mesmo assim, a resposta foi negativa.
Por mais que se entenda a reprovação como um “ainda não” e não um “nunca”, isso não diminui a frustração, que continua ali, presente e doendo. E é exatamente por isso que você precisa de um tempo só seu.
Às vezes, esse tempo é curto: um ou dois dias. Em outras situações, pode ser uma semana inteira. E tem quem precise de um mês de pausa ou até um tempo mais longo, quase como umas férias forçadas.
A verdade é que não existe um prazo certo para se recompor, porque isso depende da sua história, do peso que essa prova tinha para você e de como está sua saúde emocional. Mas o mais importante é que você descanse de verdade, faça algo que goste, se desconecte dos PDFs, respire fundo e viva um pouco.
Só assim vai conseguir voltar com a cabeça mais leve, o coração mais tranquilo e a energia renovada para continuar essa jornada.
2. Faça um diagnóstico real do que aconteceu
O segundo passo é fazer um diagnóstico verdadeiro do que aconteceu. É comum ficarmos só com raiva da banca, da prova, dos outros candidatos que passaram na frente… e acabar não aproveitando a chance de aprender com a experiência.
Por isso, é essencial identificar exatamente o que deu errado e o porquê. Será que você foi mal em alguma matéria específica? Ou talvez não tenha feito o mínimo em alguma disciplina? Ou, às vezes, foi em uma matéria de peso grande que você não foi bem? Caiu muita coisa que você não estudou? Ou você estudou, mas não se lembrou do conteúdo na hora da prova?
E as pegadinhas? Você caiu em muitas? Errou por falta de atenção ou por estar ansioso? Isso pode significar que você não fez simulados suficientes, ou ainda não tem experiência com provas para conseguir controlar a ansiedade na hora H — sabe aquele truque de respirar fundo dez vezes antes de começar? Pois é, ele existe por um motivo.
Outro ponto importante é o tempo da prova. Será que você não conseguiu terminar por falta de velocidade na leitura? Ou ficou insistindo demais nas questões difíceis, ao invés de seguir em frente e garantir o máximo de acertos possíveis?
Além das questões, vale analisar a experiência da prova como um todo: você correu para chegar? Quase se atrasou? Ficou ansioso por isso? Ou comeu algo pesado e acabou ficando sonolento durante a prova?
São vários detalhes que você precisa olhar com atenção para entender onde foi o erro. É fundamental fazer esse diagnóstico de forma honesta, para não repetir os mesmos tropeços na próxima vez.
3. Corrija os erros
Depois de fazer um diagnóstico sincero do que deu errado, o próximo passo é entender como corrigir os pontos que você identificou.
🔹 Faltou conteúdo?
Se percebeu que caiu muita coisa que não estava no seu material, talvez seja hora de buscar um cursinho diferente, um novo professor ou um material mais completo em determinadas disciplinas.
🔹 Erros por falta de atenção?
Para evitar esses erros, crie um método que te ajude a resolver questões com mais foco: destaque as palavras-chave no enunciado, faça checagem dupla conferindo enunciado e resposta ou experimente outras estratégias que te mantenham concentrado.
🔹 Faltou tempo para resolver a prova toda?
Avalie se o problema está na sua velocidade de leitura ou de raciocínio. Para resolver, inclua mais leitura e/ou exercícios que desenvolvam sua agilidade para ganhar ritmo.
🔹 Não lembra o que estudou?
Nesse caso, o problema provavelmente está no seu método de estudo e de revisão. Talvez seja hora de revisar sua estratégia para garantir que o conteúdo fique realmente fixado.
E já que estamos falando em método, quero aproveitar para te convidar a conhecer o meu treinamento De Concurseiro ao Concursado (DCAC). É um curso completo que foca em mentalidade, organização, planejamento, ciclo de estudos, técnicas de aprendizagem, estratégias para a prova e, principalmente, revisão — aquele ponto que faz toda a diferença na fixação do conteúdo.
Se você anda se sentindo perdido na preparação, talvez seja a hora de entrar para o nosso time de futuros aprovados e conhecer um método que realmente funciona.
4. Siga em frente
Depois do luto, do diagnóstico e das correções, chega uma etapa essencial: definir um novo objetivo.
Pode escolher um concurso diferente ou insistir no mesmo, esperando a próxima oportunidade. O importante é não ficar parado no meio do caminho.
Então, respire fundo e olhe pra frente. Reavalie suas metas. Veja se elas ainda fazem sentido ou se é hora de ajustar o rumo. Atualize seu planejamento de estudos, reveja sua rotina e reorganize seus materiais: o que vai seguir com você nessa nova etapa? O que já pode ficar pra trás?
É como recalibrar uma bússola: agora que você já sabe de onde veio e o que não funcionou, está mais preparado para decidir o próximo destino e seguir em direção a ele com mais clareza e segurança.
E se em algum momento bater o desânimo — e ele pode bater, mesmo — eu quero te fazer um convite: dá uma olhada na minha playlist de entrevistas com aprovados. No fim de cada conversa, eu sempre peço que eles deixem uma mensagem, algo que gostariam de ter ouvido quando ainda estavam estudando.
E sabe qual é a resposta mais comum?
“Não desista. Mesmo quando tudo parecer difícil. Mesmo quando parecer que não é pra você.”
Lembre-se que a capacidade de ser aprovado se desenvolve e que não são só os “geniais” que passam. Se você seguir o caminho certo, você pode chegar lá.
Não estou dizendo que vai ser fácil — longe disso. Mas também não é impossível.
E quando a sua aprovação vier, você vai entender que cada passo, cada queda e cada recomeço fizeram parte do processo.
Reprovação não é o fim. É apenas parte do caminho
Se você chegou até aqui, é porque está disposto a continuar. E isso, por si só, já mostra força.
Reprovar dói, sim. Mas também ensina. Mostra o que precisa mudar, o que pode melhorar, e te prepara, emocionalmente e tecnicamente, pra próxima tentativa. A sua aprovação pode não ter vindo ainda, mas ela está no caminho. E cada passo que você dá, mesmo com medo ou cansaço, te aproxima dela.
A verdade é que todos os aprovados aprenderam como lidar com reprovação, mesmo quando tudo parecia desmoronar.
Então, não pare.
Não desanime.
E, principalmente, não desista.
Se esse conteúdo te ajudou de alguma forma, te convido a continuar essa conversa lá no meu canal no YouTube (@LauraAmorim). Tem uma playlist recheada de entrevistas com aprovados, dicas práticas e conteúdos que podem ser exatamente o empurrão que faltava pra você reorganizar sua preparação e seguir firme até a conquista da sua vaga.
Até a próxima!